O JUDÔ COM OS OLHOS VEDADOS
Fazendo uma reflexão das palavras do Medina, realmente é extremamente confuso uma vivencia diferente e só desta forma que podemos entender dificuldades, limites, adaptações e experiência de pessoas que faz este mesma luta com a qual eu pratico tem uma deficiência visual. O que foi interessante notar é que a deficiência não limita as pessoas, não impõe barreiras entre pessoas com ou sem deficiência, pois à vontade e determinação é que rompe essas barreiras.
Na verdade é necessário fazer ajustes em alguns procedimentos, organização e adaptações de certos jogos e brincadeiras a fim de oportunizar ao deficiente visual a prática de atividades desportivas. Pereira de Souza, Ramon e Campos, Darlan. Revista de Educação Física, pág 51, n° 142
Foi muito interessante notar também, como pessoas que nunca viveu incorpora neste caso um lutador. Por exemplo, as próprias pessoas do meu grupo. Conforme nós íamos elaborando a vivencia – colocando o Kimono, amarrando a faixa, entrando dentro do Dojô - eles que nunca praticara já começava a serras os punhos, fazer gritos característicos de artes marciais, fazer gestos característicos de lutas e muitas outras coisas que para quem observa nota que são lutadores e isso é muito interessante.
“Conseqüentemente, atuar no corpo implica atuar sobre a sociedade na qual esse corpo está inserido”. Daolio, Jocimar – Da Cultura do Corpo.
Essa visão de Daolio nos mostra que naquele momento estávamos no Japão, pois a luta de dessa origem e os comportamentos dessa luta são de comportamento oriental mais precisamente do Japão. Como por exemplo, as reverencias de curva o corpo para cumprimentar o oponente como sinal de respeito, as palavras das regras e de golpes são pronunciada em japonês e etc. Uma coisa interessante também foi que as pessoas do meu grupo no começo encararam como uma diversão, mas no decorrer do trabalho aquilo se tornou serio e a partir daí eles já não queira, mas perder.
“ A Luta permanente pelo prestigio que é um valor fundamental abrangendo tanto o direito quanto o poder”.(Huizinga, Johan. Homo Ludens – O jogo como Elemento da Cultura. Editora Perspectiva S.A., São Paulo, 2004, 5ª edição, pág 107).
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